Setores estratégicos e transações relevantes em regiões com alto potencial de valorização
O mercado global de fusões e aquisições está passando por uma nova fase. Em 2025, os mercados emergentes assumem protagonismo, não apenas como alternativa aos centros tradicionais de capital, mas como destinos estratégicos para investidores que buscam retornos consistentes, inovação setorial e acesso a novos consumidores.
O crescimento econômico, os avanços tecnológicos e a urgência de soluções em infraestrutura, energia e digitalização colocam regiões como Índia, África do Sul e Brasil no centro das atenções.
A seguir, destacamos três mercados com oportunidades reais e exemplos recentes que sinalizam a direção dos próximos movimentos em M&A global.
Com um mercado interno em franca expansão, a Índia vem se consolidando como um polo estratégico para investimentos em mídia, streaming e esportes. Em 2024, a joint venture entre a Walt Disney Company e a Reliance Industries, avaliada em US$ 8,5 bilhões, marcou um dos maiores movimentos do setor — unindo mais de 100 canais e plataformas com alcance de 50 milhões de assinantes.
A previsão de crescimento anual de 10% até 2026 no segmento de mídia e entretenimento, segundo a PwC, reflete o apetite por conteúdo digital, direitos esportivos e plataformas OTT (como Netflix, JioCinema, Hotstar e Disney+). O cenário é ainda mais atrativo considerando a penetração acelerada de internet e dispositivos móveis, além do interesse crescente de fundos e grupos internacionais.
O setor de energia limpa se tornou um eixo estratégico para o reposicionamento da África do Sul como destino de M&A. A aquisição da BioTherm Energy pelo fundo global Actis, que deu origem à BTE Renewables, é um exemplo de como investidores estão apostando em ativos com viés sustentável e escalável. A empresa já opera mais de 470 MW em projetos eólicos e solares no sul do continente.
O governo sul-africano tem atuado de forma ativa, com incentivos fiscais e parcerias internacionais para reduzir a dependência de carvão e mitigar riscos energéticos. O mercado continua abrindo espaço para transações relevantes, especialmente entre players com foco em transição energética e infraestrutura resiliente.
O Brasil segue como líder em M&A na América Latina. Em 2024, a aquisição da Enauta Participações por parte da 3R Petroleum e da Maha Energy, em um negócio superior a US$ 1 bilhão, reforçou a tendência de consolidação entre empresas de médio porte do setor de óleo e gás — as chamadas junior oils.
Além das reservas naturais e da expertise operacional, o Brasil oferece um ambiente regulatório mais aberto a capital estrangeiro, especialmente em setores de infraestrutura, energia e agronegócio.
Com o cenário geopolítico ainda instável em regiões produtoras como Oriente Médio e Rússia, o país desponta como alternativa segura e atrativa para investidores globais.
Enquanto setores como tecnologia e finanças seguem recebendo atenção, as oportunidades mais estratégicas em 2025 estão surgindo em áreas como mídia, energia e infraestrutura. O valor está nos mercados com desequilíbrios estruturais, grande demanda interna e políticas públicas voltadas à expansão e modernização.
Para investidores, as operações de M&A em mercados emergentes oferecem vantagens como:
Claro, os riscos não desaparecem — volatilidade política, insegurança jurídica e desafios operacionais ainda fazem parte da equação.
Mas com a estruturação correta, essas variáveis podem ser administradas, transformando risco em diferencial competitivo.
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