O que isso representa para quem está do outro lado da mesa?
Os family offices estão passando por uma transformação silenciosa — mas altamente estratégica. Sob a liderança de uma nova geração de herdeiros, o foco deixa de ser a gestão direta de empresas e passa a ser a preservação e crescimento do patrimônio com mentalidade de longo prazo, governança sofisticada e alocação em ativos alternativos, internacionais e alinhados a valores familiares.
Essa mudança é impulsionada por três grandes vetores:
De ativos tradicionais a portfólios personalizados
Historicamente, a maior parte dos portfólios de family offices estava concentrada em:
Esse modelo, embora ainda presente, já cede espaço para estratégias mais sofisticadas. Segundo um relatório recente da J.P. Morgan, apenas 26% dos ativos de grandes family offices permanecem em ações públicas, enquanto 46% já estão alocados em ativos alternativos, um movimento que representa não só a busca por retornos mais robustos, mas também maior controle e propósito na alocação.
Veja abaixo os ativos que vêm ganhando peso nos portfólios de fundos e famílias empresárias:
Hoje, cerca de 19% das alocações dos family offices globais estão concentradas em fundos de private equity. O apelo está na possibilidade de participar de empresas em fases estratégicas de crescimento, com retornos superiores e menos volatilidade que os mercados públicos, especialmente em momentos de incerteza macroeconômica.
Investimentos diretos também têm crescido, inclusive em setores não convencionais e geografias emergentes.
A diversificação e o acesso a estratégias especializadas seguem mantendo os hedge funds como um pilar relevante nos portfólios.
Mesmo com maior complexidade, muitos gestores os utilizam como forma de proteção contra volatilidade sistêmica e como fonte de alfa em ambientes de juros elevados.
A alocação em real estate avançou para segmentos mais resilientes, como:
O setor imobiliário já ultrapassa US$ 5 trilhões em ativos sob gestão globalmente e tem ganhado espaço como componente estável de retorno com correlação reduzida a outros mercados.
Com o aperto nas condições de crédito tradicional, a dívida privada (private debt) vem atraindo capital de fundos e family offices em busca de retorno com garantias reais e fluxo de caixa previsível.
Projetos de infraestrutura sustentável, energia renovável e mobilidade limpa também estão no radar por combinarem retorno de longo prazo com impacto positivo.
O interesse crescente por segurança alimentar, energética e tecnológica também tem direcionado capital para ativos ligados a commodities agrícolas, metais estratégicos e fundos com teses temáticas, como segurança digital, água, saúde e bioeconomia.
Para empreendedores, gestores e empresas que desejam acessar esse capital, a principal mudança é de perspectiva: não basta mais mostrar retorno financeiro. É necessário mostrar propósito, governança e potencial estratégico de longo prazo.
Family offices e fundos estão mais seletivos, com maior rigor na análise de riscos, sustentabilidade do modelo de negócio e alinhamento de valores.
Ativos fora do eixo tradicional, como empresas médias com modelo escalável, ativos reais com impacto ambiental positivo ou projetos em setores estratégicos, estão no radar. Mas é preciso se apresentar com estrutura, dados e uma narrativa convincente.
A alocação em ativos alternativos reflete uma nova lógica patrimonial: mais global, mais orientada a legado e menos dependente de padrões tradicionais de investimento.
Para quem busca se posicionar como destino desse capital, entender essa dinâmica é essencial.
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