Como empresas brasileiras podem atrair capital chinês e estruturar transações de forma segura e alinhada com uma visão de longo prazo.
Em um cenário global de realinhamentos geopolíticos e reconfiguração de cadeias produtivas, a relação entre Brasil e China ganha um novo papel.
Com o avanço de políticas protecionistas em economias tradicionais, como os Estados Unidos, o Brasil se consolida como parceiro estratégico para investidores chineses interessados em ativos de longo prazo, especialmente em setores como energia, infraestrutura e agronegócio.
A China busca expandir sua influência por meio de investimentos em países com potencial de suprir demandas logísticas, energéticas e alimentares — e o Brasil ocupa posição central nesse mapa.
Mas como empresas brasileiras podem aproveitar esse interesse crescente? E o que é preciso para estruturar operações de M&A com segurança e viabilidade?
O mercado brasileiro registrou crescimento nas transações de M&A em diversos setores que também estão no radar chinês:
Esses setores dialogam diretamente com a Belt and Road Initiative (BRI), o plano chinês de longo prazo para expansão econômica e geopolítica. O Brasil, embora ainda fora formalmente da iniciativa, já participa ativamente por meio de investimentos chineses diretos em projetos estruturantes.
A China opera com uma lógica distinta da ocidental. A visão estratégica de longo prazo — baseada em décadas, não trimestres — influencia diretamente os modelos de investimento.
Além disso, muitos investidores estão ligados a conglomerados com atuação estatal ou estatal-indireta, o que exige uma abordagem cautelosa e sensível à negociação multilateral.
Exemplos como a SPIC Brasil (energia) e projetos como a Ferrovia Bioceânica (que conecta o Oceano Pacífico ao Atlântico via Porto de Aratu, na Bahia) ilustram como a presença chinesa está conectada à infraestrutura crítica e logística de exportação.
Para empresários brasileiros, entender essa lógica — e alinhar seus ativos a interesses geoeconômicos da China — pode ser o diferencial entre ser escolhido ou não como parceiro de investimento.
Operações cross-border com players chineses exigem um grau elevado de preparação. O contexto regulatório, tributário e cultural precisa ser tratado com atenção desde as primeiras etapas.
Negociações com investidores chineses também tendem a ser mais gradativas e relacionais. É comum que o processo se alongue para construção de confiança, especialmente em setores estratégicos ou ativos de grande porte.
Para atrair capital chinês, não basta estar disponível — é preciso ser relevante. Isso significa apresentar projetos que tenham conexão com grandes vetores de interesse da China: segurança energética, alimentar, digital e logística.
Empresas brasileiras que se posicionam com clareza, demonstrando profissionalismo, planejamento estratégico e prontidão regulatória, saem na frente. E mais: estar aberto à adaptação cultural e à construção de relações duradouras é fundamental para consolidar alianças de longo prazo.
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